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A GE Portugal prepara-se para destruir 170 postos de trabalho

 

A GEPCP, controlada a 100% por uma holding sedeada em Itália vem reduzindo o número de trabalhadores desde 2006, ano em que tinha ao seu serviço 252 trabalhadores para os 170 que actualmente trabalham para a empresa. Em sete anos reduziu a força de trabalho em 82 pessoas.

 

Ao mesmo tempo que passava de sociedade anónima (S. A.) a sociedade por quotas (Lda.) e agora a sociedade unipessoal, reduziu em perto de 50% o seu capital social.

 

A GEPCP tem actualmente um volume de negócios de cerca de 22 milhões de euros por ano, exportando grande parte da sua produção. Não tem havido quebras de produção e perspectivava-se até a introdução de um novo produto já completamente desenvolvido.

 

Assim, o anúncio da intenção de deslocalização desta fábrica apanhou os trabalhadores completamente de surpresa e a justificação de que seria provocada com a queda de procura por parte do mercado imobiliário mais não parece do que uma desculpa esfarrapada.

 

Como outras empresas multinacionais, também a General Electrics parece ter, aqui, um comportamento de completo desrespeito por quem, ao longo dos anos, tem contribuído para criar valor para a empresa: os seus trabalhadores.

 

O grupo General Electrics, depois de anunciar aumento dos lucros em 2012 da ordem dos 4,7 mil milhões de dólares (um aumento de 13%), com esta medida de encerramento da fábrica em Gaia vem demonstrar insensibilidade e falta de responsabilidade social.

 

Não é possível que o governo português e a comissão europeia fiquem mais uma vez quietos e parados vendo de longe outra migração dentro da União Europeia daquilo que muitos chamam de capital nómada sempre à procura de explorar mais e mais quem trabalha.

 

O Bloco de Esquerda manifesta a sua inteira solidariedade com os trabalhadores da GEPCP e com as suas estruturas representativas, comprometendo-se a intervir, se assim se entender, a todos os níveis (no Parlamento Europeu, na Assembleia da República, Na Assembleia Municipal de V. N. de Gaia) em defesa da manutenção desta unidade de produção e de todos os postos de trabalho.