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BE Mafamude/Vilar do Paraíso visita espaço do cemitério

No dia 02 de Março, uma delegação do BE composta por Lurdes Gomes (Deputada de Freguesia), Vítor Barros e Américo Magalhães, deslocou-se a Vilar do Paraíso no âmbito do cumprimento de um projeto de trabalho que privilegia o contacto direto com as populações locais.

 

O Cemitério de Vilar do Paraíso sofreu obras de ampliação no decurso de um acordo verbal de financiamento de 300.000.00€ entre o anterior executivo da Junta de Freguesia de maioria PSD-CDS/PP “ Gaia na Frente” e o anterior executivo da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia liderado por Luís Filipe Meneses. 
Com o resultado das eleições Autárquicas de Setembro 2013 a dita coligação perdeu as eleições e deixou para o executivo seguinte a resolução do imbróglio deste acordo de comadres partidárias que não foi cumprido. O caderno de encargos transposto para o orçamento é significativo na medida em que não foram pagas as obras de ampliação do cemitério nem respeitado o acordo efetuado com o dono do terreno. A população que deveria ser a beneficiaria da obra sofre com os problemas que descrevemos e para os quais em nada contribuíram.

 

Esta má gestão do espaço público e dos dinheiros públicos estão bem retratados naquilo com que nos deparamos na visita ao local onde se situa o cemitério, a parte ampliada e no testemunho das pessoas que vivem nas partes circundantes. A parte antiga e a nova do cemitério estão ligadas por uma pequena ponte que ninguém entende porque foi feita.

 

Entre as duas partes existe um caminho de terra que dá acesso a habitações onde só é possível chegar transpondo um curso de água. Este percurso só é possível percorrer a pé, onde não circula um veículo ligeiro por causa do piso, onde não passa um camião porque a altura da ponte não permite a passagem por baixo e o caminho não prevê a possibilidade de outra saída. A não conclusão das obras de acesso e a má gestão de ambas as partes do cemitério contribui para agressão ao meio ambiente e para piorar a já difícil circulação de quem por ali tem necessidade de passar.

 

No referido caminho cai diariamente água utilizada pelas pessoas na lavagem dos espaços interiores da parte nova do cemitério direcionada por um tubo que a despeja e concentra a céu aberto. Da parte velha do mesmo é atirado para o espaço exterior, o lixo característico e oriundo do interior dum cemitério.

 

A esta degradante situação junta-se o facto do referido lixo se misturar com silvas e mato que crescem por falta de limpeza, que cobrem parcialmente o caminho e totalmente o tubo por onde percorre o curso de água. Para não acontecer o mesmo do lado exterior da parte nova, o caminho foi obstruído no seu inicio por uma barreira composta por um aglomerado de pedras

 

Este riacho passa entre o cemitério e as habitações que se situam na Rua Nova do Painçal. Para fazer a ligação de ambos os lados existe um passadiço com degraus em madeira por onde passam os locais. Só uma parte deste curso de água está entubada.

 

Quando chove abundantemente, a água da chuva proveniente da autoestrada conflui com a que percorre e sai das tampas de saneamento da Rua Nova do Painçal, transborda do leito do riacho porque o tubo que cobre parcialmente o mesmo não tem abertura suficiente para receber e conduzir o excesso de água, inunda toda aquela zona entrando pela casa dos moradores que para se protegerem construíram pequemos muros nas entradas das habitações. A indignação dos transeuntes e residentes naquela zona junta-se à perplexidade dos habitantes de Vilar do Paraíso em torno deste obscuro processo de ampliação do cemitério.

 

No local, o diálogo que estabelecemos e nas informações que obtivemos percebemos a vontade das pessoas para que haja alguém que lhes dê voz na denúncia, esclarecimento e na resolução desta situação. É essa a nossa obrigação. É isso que iremos fazer!